O estresse é uma resposta natural do organismo diante de situações desafiadoras ou ameaçadoras. Quando nos sentimos pressionados, sobrecarregados ou ansiosos, o corpo libera hormônios como o cortisol, desencadeando uma série de reações físicas e emocionais. Embora o estresse em curto prazo possa ser benéfico para o desempenho e a motivação, quando se torna crônico, pode afetar negativamente nossa saúde, incluindo a forma como nos alimentamos.
A relação entre estresse e alimentação é complexa e multifacetada. Enquanto algumas pessoas tendem a comer menos quando estão estressadas, outras recorrem à comida como uma forma de conforto e alívio emocional, o chamado “comer emocional”. Essa busca por alimentos palatáveis e altamente calóricos(hambúrgueres, doces, massas, pães e biscoitos com farinha refinada, etc.) é uma resposta instintiva do organismo, pois o açúcar e a gordura presentes nesses alimentos estimulam a liberação de neurotransmissores que proporcionam uma sensação temporária de prazer e bem-estar.
No entanto, esse comportamento alimentar pode ter consequências negativas a longo prazo. O consumo excessivo de alimentos não saudáveis ricos em açúcares, gorduras saturadas e sódio pode levar ao ganho de peso, aumento dos níveis de colesterol, pressão arterial elevada, aumento do hormônio cortisol e outros problemas de saúde. Além disso, o estresse crônico pode interferir na digestão e na absorção adequada dos nutrientes, comprometendo ainda mais o estado nutricional do indivíduo.
Portanto, é fundamental adotar estratégias mais saudáveis e eficazes para lidar com o estresse, como alimentos que ajudam a modular os níveis de cortisol entre eles: frutas, legumes, vegetais folhosos verdes escuros, brotos, oleaginosas, semente de abóbora, abacate, chá verde, sardinha, semente de girassol e a vitamina C, obtida através do consumo de frutas cítricas. Além disso, é importante reduzir a ingestão de alimentos estressores como café, farinhas brancas, chá mate, guaraná em pó, chá preto, açúcar, chá mate, chocolate e bebidas energéticas .
Outras práticas também necessárias são: a prática de exercícios físicos regulares, manter a qualidade do sono (não dormir bem tem efeito estressante e aumenta os níveis de cortisol), evitar o estresse diário buscando técnicas de relaxamento e atividades que possam proporcionar sensação bem estar e também limitar o consumo de álcool, pois altas doses podem elevar o cortisol.
Outra estratégia importante é manter uma rotina alimentar regular, com horários fixos para as refeições. Pular refeições ou fazer escolhas alimentares inadequadas devido ao estresse pode levar a oscilações nos níveis de açúcar no sangue, prejudicando o equilíbrio energético e afetando ainda mais o estado emocional.
Além disso, é essencial estar consciente do que estamos comendo. Praticar a atenção plena durante as refeições, saboreando cada garfada e prestando atenção aos sinais de fome e saciedade, pode ajudar a evitar o consumo excessivo de alimentos e a comer de forma mais consciente e saudável.
Em resumo, o estresse e a alimentação estão intrinsecamente ligados. O estresse crônico pode levar a escolhas alimentares inadequadas, enquanto uma alimentação equilibrada pode ajudar a minimizar os efeitos negativos do estresse no corpo e na mente. Ao adotar estratégias saudáveis para lidar com o estresse e cuidar da alimentação, estamos investindo em nossa saúde e bem-estar, garantindo uma vida mais equilibrada e satisfatória.
Lembre-se de consultar um nutricionista para te ajudar com um plano alimentar individualizado e orientações no processo de reeducação alimentar.